Desde que a família Obama escolheu um Cão de Água Português como coqueluche para a Casa Branca, esta raça Portuguesa não para de ser procurada a nível Mundial.
É natural, que um desses cães tivesse chegado a Portugal, através das viagens marítimas, iniciando-se assim, a criação do Cão de Água Português.
No passado encontrava-se com frequência no litoral sul, predominantemente na costa Algarvia.
A mais antiga referência a esta raça portuguesa é um relato de um monge português feita em 1297 que descreve a forma como um cão terá salvo o seu dono pescador da morte por afogamento: " ... um cão de pelo comprido e preto, cortado à leão, com uma cauda comprida e uma melena de pelo na ponta... "
No entanto, entre os Romanos ele já era conhecido com o nome de "cão leão" devido ao corte de pêlo, já nessa época praticado.
Em 1923 no seu livro "Os Pescadores", e a respeito da faina do alto, dos caíques de Olhão, Raul Brandão refere-se a esta raça de cães da seguinte maneira: " tripulavam-no 25 homens e dois cães, que ganhavam tanto quanto os homens. E mereciam-no. Era uma raça de bichos peludos, atentos um a cada bordo e ao lado dos pescadores. Fugia o peixe ao alar da linha, saltava o cão no mar e ia agarrá-lo ao meio da água, trazendo-o na boca para bordo."
Por esta e por outras há quem considere que o cão de água do Algarve é no fundo... um cão de água de Olhão! Penso que a verdade é que este cão existiria um pouco por todo o lado onde houvesse pesca no Algarve e, porque em Olhão havia muita pesca, haveria seguramente uma grande concentração destes cães...
texto: www.olhao.web.pt
APTIDÕES:
No princípio do século, o Cão de Água era de facto uma peça indispensável no equipamento dos nossos barcos de pesca, não só nos caíques, mas também nas traineiras.
Com a sua conhecida bravura e lealdade estava pronto e atento aos movimentos dos pescadores, recuperando o peixe que se desprendia dos anzóis, algum objecto que caía dos barcos, rodeando as redes dentro de água também a impedir fugas... Diversos relatos existem de salvamento de homens caídos ao mar, pois não era tão frequente como hoje os pescadores saberem nadar.
O Cão de Água tinha uma papel importante na guarda dos barcos e das aparelhagens da pesca, e é de referir ainda a sua utilização na entrega de mensagens entre os barcos e a terra.
O lugar do Cão de Água entre as populações ribeirinhas portuguesas (normalmente a sul de Lisboa e na costa Algarvia) ficou bem testemunhado por alguns factos: por exemplo, os Cães de Água, apesar do seu valor, nunca eram vendidos de pescador a pescador: quando muito eram dados! Além disso, os cães tinham direito a um quinhão de peixe e a um soldo diário que equivalia a um quinto do soldo de um homem, e estavam confiados a um dos homens da tripulação, que tinha o encargo de o alimentar e cuidar, administrando esse dinheiro.
Hoje em dia, ainda que a sua destreza não seja explorada ao máximo, em alguns lugares continua a ser utilizado para pescar, mas na realidade a sua função como cão de companhia tem vindo a ganhar cada vez mais adeptos, pelo que corre o mesmo risco que outras raças que perderam a sua funcionalidade quando começaram a ter honras de permanecer junto das saias das camilhas. E isto porque o advento das tecnologias modernas de pesca e de comunicação iria tornar cada vez menos necessário o cão na embarcação.
As campanhas nem sempre podiam suportar os encargos de manutenção de um cão que se tomara supérfluo.
PERFIL:
- Altura
Nos machos a altura típica é de 54 cm, admitindo - se à classificação um mínimo de 50 cm e um máximo de 57 cm.
Nas fêmeas a altura deve ser de 46 cm, com o mínimo respectivamente de 43 e 52 cm.
- Pesos
O peso deve variar entre 19 e 25 kg nos machos e entre 16 e 22 kg nas fêmeas.
- Andamentos
Movimentos desembaraçados, passo curto, trote ligeiro e cadenciado, galope enérgico.
– Defeitos
Desqualificações:
Cabeça - Muito longa, estreita, chata e afilada.
Chanfro - Muito afunilado ou pontiagudo.
Maxilas - Prognatismo em qualquer das maxilas.
Olhos - Gáseos, claros, desiguais na forma ou no tamanho, muito salientes ou muito encovados.
Orelhas - Má inserção, muito grandes, muito curtas ou dobradas.
Cauda - Amputada, rudimentar ou não existente, pesada, caída na acção ou erecta perpendicularmente.
Pés - Existência de presunhos.
Pelagem - Albinismo, narinas amaradas no todo ou em parte, pelo diferente dos tipos descritos.
Corpulência - Gigantismo ou nanismo.
Surdez - Congénita ou adquirida.
Já agora assistam à apresentação oficial de BO ( 1º Cão) à Imprensa Norte Americana
nos Jardíns da Casa Branca
"lets get ready 2 ruuuuumble!"..
ResponderEliminarfoi o que eu pensei, logo que vi o cão de agua "americanês". O Bo é de partir a rir com a energia que se adequa bem, acho, à personalidade do Obama.
Parecia um patareco quando começou a correr e a rebocar literalmente o todo gingão (como já ouvi dizerem) 44º Presidente dos EUA.
Yes Bo can! ;P good post of a nice dog..
loool...
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